A respiração é uma das funções vitais de nosso
organismo e o seu desequilíbrio causa alterações em vários órgãos e sistemas.
O “simples” hábito de respirar, quando predominantemente pela boca, pode levar à queda de 30% no desempenho físico, porque diminui a oxigenação do sangue e, assim, a capacidade aeróbica,
contribuindo para as lesões musculares.
A respiração ideal é aquela em que você respira
a maior parte do tempo pelo nariz e em alguns momentos pela boca. Quando o
inverso ocorre uma série de modificações corporais podem acontecer:
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Face entristecida; olhos caídos; olheiras
profundas; lábios entreabertos, flácidos e ressecados; narinas estreitas;
bochechas com musculatura flácida.
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Elevação da cabeça (pescoço fica esticado para
frente) e ombros jogados para frente
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Alterações dentárias e esqueléticas dos
maxilares (dentes “tortos”, arcada estreita...)
O respirador bucal costuma apresentar
sonolência diurna, ronco, baba ao dormir, dorme de boca aberta, desempenho físico
diminuído, dificuldade de concentração (principalmente na escola) e pode
apresentar infecções frequentes (resfriados).
O tratamento deve ser preferencialmente
multidisciplinar:
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O médico
(otorrinolaringologista e/ou alergista) é importante na identificação e solução
da causa da obstrução nasal, que pode ser aumento das adenóides ou desvio de septo nasal dentre outras.
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O dentista
(ortodontista) proporcionará um ambiente adequado para que a boca seja fechada,
através da correção do posicionamento dos dentes e dos maxilares.
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O fonoaudiólogo
promoverá exercícios e treinamentos respiratórios que visam à recuperação do
padrão respiratório nasal.
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Em alguns
casos, o trabalho do fisioterapeuta será importante para restabelecer a postura
corporal já comprometida.
Portanto, é preciso ter atenção às funções de
nosso corpo, mesmo 'aquelas mais “simples”.